Monday, January 01, 2007

EXPEDIÇÃO PELOS TRÊS PAÍSES MAIS EXÓTICOS DA AMÉRICA LATINA: GUIANA, SURINAME E GUIANA FRANCESA


Uma expedição pelos países mais misteriosos e esquecidos da América Latina é perfeitamente possível, e também é possível entender porquê eles não são notícias tristes em páginas de jornais falando de mazelas, pobreza, crise política, corrupção e congêneres. São ex-colônias de países ricos e, entre aspas, continuam sendo: O Suriname foi território da Holanda, a Guiana da Inglaterra e a Guiana Francesa, que ainda hoje é departamento ultramarino Francês, ainda dependem do jugo do parente rico nos aspectos monetários. A operadora Nomadic Adventures http://www.nomadicadventures.com/ realiza esta expedição tríplice com duração de 15 dias, saídas diárias durante todo o ano com no mínimo duas pessoas e preço sob consulta. O tour se inicia e termina em Georgetown, capital da Guiana que é a única nação da América do Sul em que o inglês é a língua oficial, e a sua população é formada por uma mistura de povos de várias partes do mundo: indianos, africanos, chineses, e indígenas nativos. Os europeus brancos são uma minoria. Apesar de estar localizado geograficamente no continente Americano, este pequeno país com menos de 1 milhão de habitantes é culturalmente mais ligado ao Caribe. Quase toda a população está concentrada na região costeira, e o restante do território é coberto por uma selva equatorial completamente inexplorada. O roteiro inclui o Salto de Kaieteur, dentro do Parque Nacional de mesmo nome, região inclusive reivindicada pela Venezuela. A queda d´água tem 226 metros quando medida desde sua queda até a primeira arrebentação em um penhasco de arenito. A partir daí flui em uma série de cascatas que, se incluídas na medição, dão o total de 251 metros. Kaieteur é cinco vezes mais alta que as mais conhecidas cataratas do mundo, Cataratas de Niagara. Adentrando a Guiana Francesa, alcança-se a Ilha do Diabo que faz parte das chamadas îles du Salut. Até 1946 era uma colônia penal francesa onde os detentos considerados mais perigosos cumpriam pena. Para o governo francês, o território servia para punir os prisioneiros da pior forma possível: isolados, confinados num lugar de difícil acesso, os homens que ficavam ali presos dificilmente conseguiam escapar, em virtude de seus penhascos, e suas águas infestadas de tubarões. O livro Papillon, de Henri Charrière, mais tarde transformado em filme, retratou o cotidiano desses condenados e o tratamento brutal ao qual eram submetidos. O livro conta a famosa fuga de Papillon em 1935. O roteiro continua até Arianne, o Centro Espacial Francês baseado em Kourou (foto) mais conhecida por hospedar a base de lançamento de foguetes e satélites da Agência Espacial Européia. Devido à sua localização próxima à linha do Equador, os gastos com combustível dos foguetes são menores. O aluguel da base de lançamento rende dividendos à administração local. Continuando pelo Suriname, passaremos pelo Parque Natural de Brownsberg até alcançar Paramaribo, a capital, cidade de diversas influências arquitetônicas e que convive de forma pacífica e exemplar com as múltiplas religiões. É possível encontrar lado a lado, sinagogas, templos hindus, igrejas cristãs e mesquitas muçulmanas. O tour atravessa a fronteira e retorna à Guiana passando pelo Lodge Karanambu, um centro de reabilitação de ariranhas, mamíferos parecidos com uma lontra gigante que vivem numa interação social intensa, sendo possível mergulhar no meio deles. Que tal trocar o mergulho com os golfinhos de Cancún por um banho de lago rodeado de ariranhas no meio da selva Guianense. Te soa melhor?

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